Carcinoma pulmonar de células não pequenas (CPCNP) responde por cerca de 85% de todos os tipos de cânceres de pulmão e inclui predominantemente adenocarcinomas, o tipo mais comum no Brasil. Estima-se que pelo menos 60% dos pacientes com adenocarcinoma de pulmão expressem algum biomarcador preditivo (actionable biomarker), o que o torna um potencial beneficiário de alguma terapia especifica.
Guidelines do NCCN recomendam testes moleculares para identificar driver mutations para ajudar a orientar as decisões clínicas para todos os pacientes com CPNPC, dentro das possibilidades clinicas.
PD-L1 é uma molécula de checagem imunológica fisiologicamente expressa na membrana plásmatica de varias células, inclusive de células do sistema imunitário. A acoplagem do PD-L1 com seu ligante, PD-1, causa anergia nas células imunes protege o tecido normal de ser destruido pelo próprio sistema imunológico. Em diversos tipos de canceres, inclusive CPNPC, o eixo PD-1/PD-L1 media o mecanismo de escape tumoral. A alta expressão de PD-L1 em alguns tumores propicia o crescimento tumoral fora do controle do sistema imunológico. O bloqueio farmacológico do eixo PD-1/PD-L1 pode permitir uma reativação de células T favorecendo a retomada de resposta imune contra o tumor. Por esse motivo, o teste de PD-L1 é principal biomarcador de resposta preditiva a medicamentos imunoterápicos. Saiba mais como o teste de PD-L1 pode ajudar seu paciente, clique aqui.
O gene EGFR (epidermal growth factor receptor) codifica uma proteína transmembrana chamada receptor do fator de crescimento epidérmico que, em células saudáveis, controla múltiplos processos biológicos como proliferação e apoptose. A presença de mutações pode desregular a atividade de EGFR causando aumento da via sinalização relacionada com aumento do crescimento tumoral.
A prevalência de mutações no gene EGFR varia conforme a etnicidade (7-23% em pacientes ocidentais). Pacientes que apresentam mutação no EGFR são mais prováveis de responderem positivamente ao tratamento com a primeira linha de fármacos inibidores de tirosina-quinase, sendo esta uma informação crítica ao fazer a escolha do tratamento para o paciente. Saiba mais como o teste de mutação EGFR pode ajudar seu paciente, clique aqui
O gene ALK codifica um receptor de tirosino-quinase que pertence a família dos receptores de tirosina. Em CPNPC e outros tumores, o gene ALK pode sofrer um rearranjo ao fundir-se com outro gene, resultando na produção de um proteína de fusão. Em CPNPC, a fusão mais comum do ALK acontece com o gene EML4, cujo produto (EML-ALK) é uma proteína constitutivamente ativa que promove sobrevivência e crescimento tumoral. Rearranjos ALK estão presentes em cerca de 5-10% dos CPNPC.
Teste para o rearranjo do gene ALK pode identificar pacientes elegíveis para terapia com ALK-TKI.
ROS1 é um receptor de tirosino-quinase que, em CPNPC e outros tipos de cânceres, pode sofrer rearranjos para transcrição de uma proteína de fusão. A proteína de fusão ROS1 apresentam atividade oncogênica favorecendo o crescimento e sobrevivência tumoral através da sinalização constitutiva de múltiplas vias de sinalização. Rearranjos ROS estão presentes em cerca de 1-2% dos CPNPC. Teste de rearranjo de ROS1 pode identificar pacientes elegíveis para tratamento com ALK-TKI
Teste para o rearranjo do gene ALK pode identificar pacientes elegíveis para terapia com ALK-TKI.
BRAF é uma serina/treonina quinase que é parte da via de sinalização MAPK. Mutações em BRAF levam a ativação constitutiva da via MAPK que, por sua vez, promove crescimento tumoral através da sobrevivencia e crescimento celular. Teste de mutação do gene BRAF pode identificar pacientes elegíveis para terapia combinada com inibidores de BRAF e MEK. Saiba mais como o teste de mutacao BRAF pode ajudar seu paciente, clique aqui