Infertilidade é definida como a incapacidade de um casal conceber naturalmente após um ano de relações sexuais regulares e desprotegidas e a incapacidade de levar a gestação a termo. Continua sendo um grande problema clínico e social, afetando talvez um casal em cada seis.1 Suas causas são diversas, com problemas relacionados ao organismo feminino, masculino ou, ainda, em ambos. A avaliação geralmente começa após 12 meses; no entanto, pode ser indicado anteriormente.

O painel de infertilidade por imunohistoquímica do Laboratório Argos é uma ferramenta muito útil no prognóstico e avaliação dos principais mecanismos endometriais relacionados ao sucesso da implantação e gravidez na fertilização.

Nosso painel de infertilidade consiste de 5 marcadores:

CD56 – Mecanismos imunológicos anormais podem estar envolvidos em mulheres com problemas de fertilidade. Em alguns casos, isso pode estar relacionado a disfunção específica, em vez de alterações no número de células ou níveis de expressão de moléculas específicas. A expressão de CD56 em células NK está relacionada com fertilidade normal sendo também um importante preditor de sucesso da gravidez2

BCL6 – Como biomarcador para endometriose, altos níveis de expressão de BCL6 sugerem que a endometriose não diagnosticada pode ser um fator comum que precisa ser considerado em mulheres com problemas de fertilidade. A expressão epitelial aberrante de BCL6 no endométrio de mulheres com infertilidade inexplicada é um fator prognóstico útil para o resultado da fertilização in vitro.3

PGP9.5 – (Protein gene product 9.5) é um marcador neural específico para fibras nervosas mielinizadas ou não-mielinizadas. Em metanálise O PGP 9.5 identificou a endometriose com precisão suficiente para substituir o diagnóstico cirúrgico.4

CD138 – muito útil ao diagnóstico de endometrite crônica, principalmente em alguns casos atípicos, ampliando o poder prognostico reprodutivo.5,6

P450 – Atividade da aromatase P450 é um processo chave na produção de estrógenos, um processo que é crucial ao desenvolvimento folicular e produção de oócitos competentes capazes de atingir a maturação necessária a fertilização.7

REFERÊNCIAS

  • Kamel RM. Management of the infertile couple: an evidence-based protocol. Reprod Biol Endocrinol. 2010;8:21.Published 2010 Mar 6. doi:10.1186/1477-7827-8-21
  • Kofod, L., Lindhard, A., Bzorek, M., Eriksen, J. O., Larsen, L. G., & Hviid, T. V. F. (2017). Endometrialimmune markers are potential predictors of normal fertility and pregnancy after in vitro fertilization. Am J ReprodImmun, 78(3), e12684
  • Almquist LD, Likes CE, Stone B, et al. Endometrial BCL6 testing for the prediction of in vitrofertilization outcomes: a cohort study. Fertil Steril. 2017;108(6):1063–1069.
  • Gupta D, Hull ML, Fraser I, Miller L, Bossuyt PMM, Johnson N, Nisenblat Endometrial biomarkers forthe non‐invasive diagnosis of endometriosis. Cochrane Database of Systematic Reviews 2016, Issue 4
  • Park HJ, Kim YS, Yoon TK, Lee WS. Chronic endometritis and infertility. Clin Exp Reprod Med. 2016;43(4):185–192.
  • Chen YQ, Fang RL, Luo YN, Luo CQ. Analysis of the diagnostic value of CD138 for chronic endometritis, therisk factors for the pathogenesis of chronic endometritis and the effect of chronic endometritis on pregnancy: acohort study. BMC Womens Health. 2016;16(1):60.
  • Sanchez AM, Vanni VS, Bartiromo L, et al. Is the oocyte quality affected by endometriosis? A review of theliterature. J Ovarian Res. 2017;10(1):43